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Tenho nódulo na tireoide: preciso me preocupar?

  • Foto do escritor: Dra Raquel Viergutz Endocrinologista
    Dra Raquel Viergutz Endocrinologista
  • 22 de jun.
  • 2 min de leitura

Você fez um exame de imagem e descobriu que tem um nódulo na tireoide? Essa é uma situação muito comum na prática médica, e a primeira reação de muitos pacientes é o medo. Mas nem todo nódulo significa algo grave.


Neste post, vou te explicar o que realmente importa na avaliação de um nódulo na tireoide — e quando é necessário investigar mais de perto.


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🦋 O que é um nódulo na tireoide?

Um nódulo é uma formação sólida ou cística localizada na glândula tireoide, que fica na parte anterior do pescoço. Eles podem ser únicos ou múltiplos, pequenos ou maiores, e geralmente são detectados por:

- Ultrassonografia de rotina

- Toque durante exame clínico

- Exames solicitados por outros motivos (como check-up ou investigação de sintomas)


🔍 Preciso me preocupar?

A grande maioria dos nódulos na tireoide não é câncer. Estima-se que mais de 90% deles sejam benignos.


Porém, alguns fatores aumentam a chance de um nódulo precisar de uma investigação mais aprofundada. Os principais são:

- Histórico familiar de câncer de tireoide

- Exposição prévia à radiação na região do pescoço

- Nódulos endurecidos, fixos ou que crescem rapidamente

- Alterações na voz, dificuldade para engolir ou respirar

- Presença de linfonodos (ínguas) aumentados no pescoço


Nesses casos, pode ser necessário realizar exames complementares para uma avaliação mais precisa.


🧪 Como é feita a investigação?

O primeiro passo é a ultrassonografia da tireoide, que avalia as características do nódulo.


Com base no ultrassom, o endocrinologista define se há indicação de realizar uma punção aspirativa com agulha fina (PAAF) — um procedimento simples, feito em consultório, para coletar material do nódulo e analisar no microscópio.


Em muitos casos, apenas o acompanhamento periódico com ultrassonografia já é suficiente.


💊 O tratamento depende do tipo de nódulo

- Nódulos benignos: geralmente não exigem cirurgia. O acompanhamento periódico é o suficiente para garantir que não haja alterações.

- Nódulos malignos ou suspeitos: nesses casos, pode ser indicada a cirurgia para remoção parcial ou total da tireoide, com tratamento complementar, se necessário.

- Nódulos funcionantes (que produzem hormônio em excesso): podem causar hipertireoidismo e também requerem uma abordagem específica.


Descobrir um nódulo na tireoide não é motivo para pânico.

Na maioria das vezes, trata-se de uma condição benigna e controlável. O mais importante é fazer o acompanhamento adequado com um endocrinologista para garantir que tudo esteja sob controle — e agir de forma preventiva, se necessário.


Se você recebeu esse diagnóstico ou tem dúvidas sobre exames recentes, agende uma consulta. O cuidado com a saúde começa com a informação certa e o acompanhamento profissional.

 
 
 

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